Há pouco, no jardim, vi os primeiros dois pirilampos da época. Lembram-me sempre uma história que li quando era criança; a história falava de pirilampos que se juntavam aos pares para, no escuro, imitarem os olhos de lobos - enfim, não sei se ainda tenho esse livro.
30.5.09
Tarefas de hoje: Mudei a roupa de cama, aspirei o colchão, aspirei o quarto, fiz 3 máquinas de roupa, lavei as almofadas (que ainda não secaram), lavei alguma roupa à mão, reguei a micro-horta, escovei os gatos, fiz um pão, fiz uma sopa (o aroma dos dois espalhou-se pela casa), lavei a casa de banho, limpei com a enxada o caminho de acesso ao palheiro (custa muito, não estou habituada), lavei algumas janelas - não exactamente por esta ordem e com várias paragens.~
Num programa para adolescentes que está a dar na tv uma personagem pergunta se um banho turco é mesmo com turcos. Bem, captou a minha atenção. Há muito que não tomo um banho turco, não sei se com esta temperatura é agradável.
Tenho a pele das mãos sequíssima e ainda por cima o calor súbito faz-me inchar.
Estou apaziguada com o trabalho que fiz hoje, mas ainda assim olho à volta e vejo tudo o mais que precisa ser feito; como, por exemplo, lavar o frigorífico. Há dias que olho para ele de soslaio e não me apetece nada fazer aquele trabalho chato. Acho que vou buscar uma cerveja fresca e fazer mais um intervalo, enquanto a sopa de lentilhas acaba de cozer.
Num programa para adolescentes que está a dar na tv uma personagem pergunta se um banho turco é mesmo com turcos. Bem, captou a minha atenção. Há muito que não tomo um banho turco, não sei se com esta temperatura é agradável.
Tenho a pele das mãos sequíssima e ainda por cima o calor súbito faz-me inchar.
Estou apaziguada com o trabalho que fiz hoje, mas ainda assim olho à volta e vejo tudo o mais que precisa ser feito; como, por exemplo, lavar o frigorífico. Há dias que olho para ele de soslaio e não me apetece nada fazer aquele trabalho chato. Acho que vou buscar uma cerveja fresca e fazer mais um intervalo, enquanto a sopa de lentilhas acaba de cozer.
É sábado!
Finalmente.
É o dia em que penso ser dona de mim mesma.
A foto é da minha gata Malhada, que tem 15 anos. O cenário não engana; é a minha cama, onde ela adora estar; não sei porquê, gosta sobretudo dos lençóis. Todas as manhãs, quando acordo, vem olhar-me nos olhos, roça o focinho na minha cara e atira-se, deixando-se cair de lado, contra mim.
Quem ama animais sabe que as regras servem de pouco - acabamos sempre por agir como apaixonados e são eles que mandam na nossa vida.
Ontem fui a um centro comercial dar uma volta - para "arejar" do trabalho da semana. Experimentei vestidos, espreitei lojas de decoração, fui a uma livraria onde me sentei com alguns livros no colo. O livro que procurava custava 18,00 € - sabia que o tinha visto num hipermercado à venda por 12,00 €. Sendo assim, fui comprá-lo ao hipermercado.
Aproveitei e abasteci-me de gasolina - 6 cêntimos mais barato do que nos outros postos. Ao abastecer deixei cair a chave de casa, que estava presa a uma pequena argola; só quando cheguei a casa dei por falta dela. Felizmente um dos meus vizinhos tem uma cópia, que fui buscar. Telefonei para o posto de abastecimento - ainda não tinham encontrado a chave - e deixei os meus dados. Hoje de manhã recebi um telefonema a dizer que a tinha encontrado. Óptimo! Irei buscá-la na 2ª feira, não planeio regressar à cidade durante o fim-de-semana.
É o dia em que penso ser dona de mim mesma.
A foto é da minha gata Malhada, que tem 15 anos. O cenário não engana; é a minha cama, onde ela adora estar; não sei porquê, gosta sobretudo dos lençóis. Todas as manhãs, quando acordo, vem olhar-me nos olhos, roça o focinho na minha cara e atira-se, deixando-se cair de lado, contra mim.
Quem ama animais sabe que as regras servem de pouco - acabamos sempre por agir como apaixonados e são eles que mandam na nossa vida.
Aproveitei e abasteci-me de gasolina - 6 cêntimos mais barato do que nos outros postos. Ao abastecer deixei cair a chave de casa, que estava presa a uma pequena argola; só quando cheguei a casa dei por falta dela. Felizmente um dos meus vizinhos tem uma cópia, que fui buscar. Telefonei para o posto de abastecimento - ainda não tinham encontrado a chave - e deixei os meus dados. Hoje de manhã recebi um telefonema a dizer que a tinha encontrado. Óptimo! Irei buscá-la na 2ª feira, não planeio regressar à cidade durante o fim-de-semana.
Adoro estar em casa.
23.5.09
Caminhos de Ferro Portugueses
Devo ter sido escolhida para servir de exemplo! Fui multada pela CP - mais correctamente, foi-me levantado um "auto de notícia" e aplicaram-me uma "coima" no valor de 25 vezes o valor do bilhete.
Desloquei-me ao Porto, em trabalho, no dia 15. Escolhi ir de combóio, com uma colega; emitimos e pagámos os bilhetes através do site da CP (aliás como faço sempre que viajo a nível pessoal). Por qualquer erro - ao escolhermos outros lugares? - os bilhetes foram emitidos com a data do dia 12 e com regresso marcado para o dia 15 (em que era suposto ir, não voltar). Os bilhetes foram impressos e imediatamente arquivados no dossier que levaríamos connosco. Não pensámos em verificar os bilhetes e por isso, na sexta-feira, à hora marcada, apanhámos o combóio previsto - um Alfa. Logo à entrada no combóio algo parecia não estar bem, porque não encontrávamos a carrugem que tínhamos escolhido; ao chegarmos aos nossos lugares, estes estavam ocupados por outros passageiros. Perguntámos a dois revisores (não estavam de serviço) que entraram em Coimbra connosco se sabiam dizer o que se passava.
Ao olharem para os nossos bilhetes disseram-nos que aquele não era o nosso combóio e que deveríamos falar com o "colega de serviço". Enquanto o combóio iniciava a marcha dirigimo-nos para a parte de trás da carruagem, para procurarmos o revisor; no momento em que o encontrámos disse-lhe: "estamos com problemas com os nossos bilhetes". Viu os bilhetes, disse-nos que viajávamos sem "título de transporte válido", pediu-nos as identificações, não nos deixou falar, agiu sempre com ar ditatorial.
Foi tudo muito desagradável, senti-me tratada como um ladrãozeco de 5ª categoria, apanhado a furtar... galinhas?....
Como tentámos argumentar com a nossa inocência no processo - não foi propositado, foi acidental, etc. - disse-me do alto do seu metro e meio: "posso ou não contar com a sua cooperação?". Pedi-lhe para comprar novos bilhetes a bordo - disse não ser possível. Foi para qualquer outro lado emitir os "autos de notícia", reapareceu já estávamos a chegar a Gaia, dizendo que tínhamos até à estação de Gaia para assinar os autos.
Achei - não tenho formação em Direito - que se assinasse o auto estaria a dar-me como culpada e recusei-me a fazê-lo (sim, já sei, erro meu...). Informou-me, com toda a carruagem a olhar para nós, que a partir daquele momento eu era "arguida" (creio que deve ter sentido um frémito de prazer ao dizê-lo, quem sabe um sonho escondido de usar um pequenino bigode, bater calcanhares e esticar o braço).
Podia ter-nos deixado sair em Aveiro, de forma a baixar o montante da coima. Não o fez. Apresentámos reclamação na estação de Campanhã. Contactei mais tarde a CP em Coimbra, que fez um contacto para o Porto. Finalmente recebi um telefonema da CP no Porto, dizendo que o senhor funcionário era "muuuuuito profissional e muuuuuito simpático" e que "há passageiros que se exaltam e falam em voz alta e gritam"; perguntei à senhora em questão se se referia a mim; aparentemente não...
Aguardo a notificação em casa; ontem terminava o prazo legal para pagar a multa com 20% de desconto: ainda assim seriam mais de trezentos euros de coima. Há anos que não tenho esse valor disponível para férias ou para mudar pneus ou para fazer reparações em casa.
Desloquei-me ao Porto, em trabalho, no dia 15. Escolhi ir de combóio, com uma colega; emitimos e pagámos os bilhetes através do site da CP (aliás como faço sempre que viajo a nível pessoal). Por qualquer erro - ao escolhermos outros lugares? - os bilhetes foram emitidos com a data do dia 12 e com regresso marcado para o dia 15 (em que era suposto ir, não voltar). Os bilhetes foram impressos e imediatamente arquivados no dossier que levaríamos connosco. Não pensámos em verificar os bilhetes e por isso, na sexta-feira, à hora marcada, apanhámos o combóio previsto - um Alfa. Logo à entrada no combóio algo parecia não estar bem, porque não encontrávamos a carrugem que tínhamos escolhido; ao chegarmos aos nossos lugares, estes estavam ocupados por outros passageiros. Perguntámos a dois revisores (não estavam de serviço) que entraram em Coimbra connosco se sabiam dizer o que se passava.
Ao olharem para os nossos bilhetes disseram-nos que aquele não era o nosso combóio e que deveríamos falar com o "colega de serviço". Enquanto o combóio iniciava a marcha dirigimo-nos para a parte de trás da carruagem, para procurarmos o revisor; no momento em que o encontrámos disse-lhe: "estamos com problemas com os nossos bilhetes". Viu os bilhetes, disse-nos que viajávamos sem "título de transporte válido", pediu-nos as identificações, não nos deixou falar, agiu sempre com ar ditatorial.
Foi tudo muito desagradável, senti-me tratada como um ladrãozeco de 5ª categoria, apanhado a furtar... galinhas?....
Como tentámos argumentar com a nossa inocência no processo - não foi propositado, foi acidental, etc. - disse-me do alto do seu metro e meio: "posso ou não contar com a sua cooperação?". Pedi-lhe para comprar novos bilhetes a bordo - disse não ser possível. Foi para qualquer outro lado emitir os "autos de notícia", reapareceu já estávamos a chegar a Gaia, dizendo que tínhamos até à estação de Gaia para assinar os autos.
Achei - não tenho formação em Direito - que se assinasse o auto estaria a dar-me como culpada e recusei-me a fazê-lo (sim, já sei, erro meu...). Informou-me, com toda a carruagem a olhar para nós, que a partir daquele momento eu era "arguida" (creio que deve ter sentido um frémito de prazer ao dizê-lo, quem sabe um sonho escondido de usar um pequenino bigode, bater calcanhares e esticar o braço).
Podia ter-nos deixado sair em Aveiro, de forma a baixar o montante da coima. Não o fez. Apresentámos reclamação na estação de Campanhã. Contactei mais tarde a CP em Coimbra, que fez um contacto para o Porto. Finalmente recebi um telefonema da CP no Porto, dizendo que o senhor funcionário era "muuuuuito profissional e muuuuuito simpático" e que "há passageiros que se exaltam e falam em voz alta e gritam"; perguntei à senhora em questão se se referia a mim; aparentemente não...
Aguardo a notificação em casa; ontem terminava o prazo legal para pagar a multa com 20% de desconto: ainda assim seriam mais de trezentos euros de coima. Há anos que não tenho esse valor disponível para férias ou para mudar pneus ou para fazer reparações em casa.
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9.5.09
Aventuras radicais
A Lucky e a Pinta foram ao veterinário. A Lucky foi mostrar a cicatriz, perfeita, levou a vacina da raiva e foi chipada! Aconteceu tudo muito rapidamente... Depois passei pela junta de freguesia para a registar; fica mais caro ter um cão de companhia, pelo que agora a Lucky é, oficialmente, cão de guarda.
De volta a casa soltei-a para dar uma volta. Saiu disparada quintal fora enquanto preparava herbicida para aplicar junto à casa.
Um dos vizinhos, que passou em direcção à horta, veio perguntar-me pela cadela, se estaria dentro de casa. Disse-me então que um cão devia ter caído no poço do vizinho, porque estava a ouvi-lo ladrar.
Fomos até à zona do poço, por entre ervas altas; neste terreno existem dois poços sem muro de protecção nem tampa. Lá estava a Lucky, no fundo do poço, felizmente quase sem água.
Pedimos uma escada a outro vizinho - tosca, com degraus frágeis - e calhou-me a mim ir lá ao fundo; quando comecei a descer a escada cedeu um pouco, afundando-se no lodo; nuvens de mosquitos, um cheiro pútrido, a cadela a latir, com olhos a saltar das órbitas. Deitei a mão à coleira e ela imediatamente começou a trepar pela escada acima, passando por cima das minhas pernas.
Dei-lhe um banho quente, esfreguei-a até entre os dedos... Felizmente não se magoou - nem sei como, depois de uma queda de 4 metros, com pouca água no fundo.
Pela primeira vez desde que está cá em casa, menteve-se deitada com uma coberta por cima. Dormiu até tarde. Até eu, com o susto, me deitei cedíssimo.
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