9.5.09

Aventuras radicais


A Lucky e a Pinta foram ao veterinário. A Lucky foi mostrar a cicatriz, perfeita, levou a vacina da raiva e foi chipada! Aconteceu tudo muito rapidamente... Depois passei pela junta de freguesia para a registar; fica mais caro ter um cão de companhia, pelo que agora a Lucky é, oficialmente, cão de guarda.
De volta a casa soltei-a para dar uma volta. Saiu disparada quintal fora enquanto preparava herbicida para aplicar junto à casa.
Um dos vizinhos, que passou em direcção à horta, veio perguntar-me pela cadela, se estaria dentro de casa. Disse-me então que um cão devia ter caído no poço do vizinho, porque estava a ouvi-lo ladrar.
Fomos até à zona do poço, por entre ervas altas; neste terreno existem dois poços sem muro de protecção nem tampa. Lá estava a Lucky, no fundo do poço, felizmente quase sem água.
Pedimos uma escada a outro vizinho - tosca, com degraus frágeis - e calhou-me a mim ir lá ao fundo; quando comecei a descer a escada cedeu um pouco, afundando-se no lodo; nuvens de mosquitos, um cheiro pútrido, a cadela a latir, com olhos a saltar das órbitas. Deitei a mão à coleira e ela imediatamente começou a trepar pela escada acima, passando por cima das minhas pernas.
Dei-lhe um banho quente, esfreguei-a até entre os dedos... Felizmente não se magoou - nem sei como, depois de uma queda de 4 metros, com pouca água no fundo.
Pela primeira vez desde que está cá em casa, menteve-se deitada com uma coberta por cima. Dormiu até tarde. Até eu, com o susto, me deitei cedíssimo.

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