27.3.08

Descarga às 22.30h

Mais uma vez uma descarga entre Chãs e Vale de Colmeias.
Ouve-se a cascata às dez e meia.

25.3.08

Estou em férias. E a recuperar de uma gripe.
Às oito da manhã ouço um tractor, parado junto à casa. Interrogo-me sobre quem será. É o Sr. Jorge, que vem lavrar os terrenos acima do meu. Afinal, os vizinhos estão a preparar-se para semear batatas... eu não, não sei cuidar delas. Nem tenho a persistência necessária para limpar as ervas todas, que adoooram aparecer.
Visto umas calças de treino e um casaco, subo o quintal e vejo o tractor ao fundo, com as correntes a tilintar. Galgo dois campos, entre as ervas, faço-lhe sinal e peço-lhe para tratar do meu quintal também. Está combinado.
As ervas vão ser cortadas, deixadas a "cerejar"? "serejar"? - não encontro no dicionário, mas sei que quer dizer que ficam a secar. Daqui a uns dias, nova passagem para "frezar", misturar ligeiramente as ervas com a terra, desfazer os torrões que existam. Não quero lavrar, que revolve muito as camadas de terra e mata ainda mais bichos.

20.3.08


Finalmente os dias estão mais longos. Há já algum tempo, eu sei, mas tenho chegado a casa bem mais tarde.
Estava inspirada pela primavera e cheia de saudades de cuidar do jardim. Aí fui com a cortadora de ervas (sim, eu não tenho uma coisa chamada relva), eléctrica e com um fio de corte que tem que ser substuído a cada meio metro de percurso, o belo capacete amarelo que tem uma rede que dificulta a visão, as luvas que afinal deviam ser mais espessas por causa dos picos. Perco mais tempo a levantar a protecção do capacete e a puxar o fio de corte do que a utilizar a máquina.
Mas não interessa. Os braços doem, o ar cheira a ervas frescas, metro a metro fica o quintal com um ar mais organizado.
Posso adicionar "verdes" à composteira, que tem sobretudo "castanhos" e está seca. Nela descobri umas plantas frondosas - batatas? Não me lembro como foram lá parar.
O diospireiro está coberto de flores brancas, os pessegueiros têm flores rosa e umas folhas verdinhas, ainda frescas.

19.3.08

Afunilar para o silêncio


Hoje, bem cedo, no meio da azáfama matinal, tive uma "quase vertigem". De todo o ruído à minha volta fui como que puxada para uma outra dimensão, em que os meus sentidos se fixaram no cantar de um pássaro. Era como tudo se tornasse escuro e um foco de luz iluminasse somente aquele pássaro. Sim, eu sei, é de loucos.
Mas lembrou-me que a nossa alma está muitas vezes abafada, a sufocar no meio de tanta "electricidade estática".
Hoje quero ser mais eu.