16.4.07

Ok, finalmente chegaram; dois homens. O mestre, homem educado e calmo, é portugues; o outro é ucraniano, mais velho, grande bigode branco e olhos azuis.
Parecem saber pouco do que há para fazer. Tenho que repetir-lhes o que ando a dizer ao engenheiro há meses...
O portugues comenta que há vespas e tem problemas com bichos... Levanta uma telha, larga-a e recua rapidamente. Tinha visto uma cobra - diz ele que enorme - debaixo das telhas. Tento controlar a histeria e afasto-me, rapidamente, do local, com a Névoa pela trela.
O ucraniano vai ao carro e volta com uma marreta; nao tem medo de cobras e diz que trata dela. Uma vizinha garante-me que nao há víboras aqui. Volto junto dos homens e peço-lhes para, se puderem, nao matarem a cobra e largarem-na noutro lado. O ucraniano percebe e diz-me que sim. Aponta para a Névoa, levanta os dois polegares em sinal de ok e diz: "Cao bom"; respondo com o mesmo gesto e digo-lhe: "É verdade, é uma boa cadela."
A cobra fugiu para outro lado do telhado; fecho portas e janelas, nao vá ela entrar.
Estou no piso de baixo a desejar estar noutro lado qualquer.

Sem comentários: