16.4.07

Antenas de telemóveis afectam vida das abelhas

Einstein terá dito em tempos: "se as abelhas desaparecerem, ao homem restarão apenas quatro anos de vida". Esta previsão catastrofista, associada à mais recente explicação científica para o actual e repentino declínio das colónias de abelhas, não traz boas notícias para a sobrevivência da espécie humana. A teoria é surpreendente. Mas pode ajudar a explicar um dos fenómenos naturais mais misteriosos de sempre: o desaparecimento súbito de muitas comunidades de abelhas. Os cientistas acreditam que na radiação dos telemóveis e outros aparelhos do género pode estar a causa deste problema que começou nos Estados Unidos no Outono, já se espalhou pela Europa, atingindo agora vários países, entre os quais Portugal. Há dias, discutiu-se a sua chegada ou não a Inglaterra. John Chapple, um dos maiores apicultores de Londres anunciou recentemente que 23 das suas 40 colmeias foram, repentinamente, abandonadas.

Segundos os investigadores, a radiação dos telefones móveis interfere com o sistema de navegação das abelhas e outros insectos, impossibilitando-as de encontrar o caminho de regresso à colmeia. O declínio da comunidade ocorre quando os habitantes da colmeia desaparecem subitamente, deixando apenas as rainhas, os ovos e alguns imaturos trabalhadores. Quanto às abelhas mortas, nunca são encontradas, estimando-se que morram longe de casa.
Segundos os investigadores, a radiação dos telefones móveis interfere com o sistema de navegação das abelhas e outros insectos, impossibilitando-as de encontrar o caminho de regresso à colmeia. O declínio da comunidade ocorre quando os habitantes da colmeia desaparecem subitamente, deixando apenas as rainhas, os ovos e alguns imaturos trabalhadores. Quanto às abelhas mortas, nunca são encontradas, estimando-se que morram longe de casa.

Mais estranho ainda, os parasitas e outras abelhas que costumam atacar o mel e o pólen deixado para trás quando a colmeia se desfaz, nestes casos, recusam-se a fazê-lo.As explicações para este fenómeno estão por desvendar completamente, embora circulem várias teorias, desde o uso de pesticidas, ao aquecimento global, passando pelas culturas de organismos geneticamente modificados.Investigadores alemães já demonstraram que o comportamento das abelhas se altera na proximidade das linhas de electricidade. Agora um estudo americano liderado por Jochen Kuhn provou que as abelhas se recusam a regressar à colmeia quando estão perto de telemóveis. Kuhn considera que esta é uma causa possível. Mas o autor de uma investigação anterior, George Carlo, prefere mostrar-se mesmo convicto de que esta hipótese é real.A confirmar-se, este fenómeno terá implicações graves nas colheitas em todo o mundo. Uma vez que a maioria das culturas precisa do processo de polinização realizado pelas abelhas, urge tentar encontrar causas para o fenómeno. Os dados já são preocupantes: metade dos estados americanos estão a ser afectados.

in DN 16 de Abril de 2007

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